segunda-feira, 1 de dezembro de 2008

O Amor Transcendente

Sentindo algo nada sentido antes.
Habitava apenas o olhar de criança em relação a vida.
Sem conflitos, e sem dúvidas.
Dormia no interior do espírito.
Acordando no momento predestinado.
Sensação inexplicável em sua inocência.
Ainda inexplicável em sua consciência.
Saudade apertando fundo no peito.
Espaço escuro em seu interior.
Buscando, esperando, por essa luz.
Uma luz vinda não sabendo de onde, como, ou quando.
Mas sentindo o porquê.
Sabe que irá preencher esse vazio.
Sente que é real.
Não tem explicações exatas, respostas, que apenas seu ser, sabe e guarda.
Mesmo possuindo tais respostas.
A sensação é tão intensa, que rouba-lhe suspiros.
Rouba até mesmo a crença de que seja real.
Faz passar por mentirosa, perante a sí mesma.
Zomba-a, dizendo ser ''amor platônico''! Chama-a de louca!
- Se loucura é, abençoada seja esta loucura!
Como em toda mentira, a verdade sempre se revela, com intensidade!
A verdade de que seu espírito não mente.
Não poderia nunca enganar a sí mesma.
Vontade de sentir-se completa.
Se não for aqui, e agora, sabe que em algum lugar o encontrará.
E já estão juntos!
Continuará sentindo, desejando, e esperando.
A outra parte, sua outra parte, pela eternidade.

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