quinta-feira, 2 de fevereiro de 2012

Meu ''mundo'' anti-mundo.

Meus devaneios seriam realmente devaneios? 
Ou seriam anseios poéticos de uma realidade que é anti-realidade?
Este meu espírito de poetisa embora visto por muitos
Como se estivesse envolto em uma camisa de força...
Estes que muito vêem logo os cubro com Napalm e Gasolina gélida
Pois a faísca ao blasfemar contra os que ainda cultivam pureza interior
Acaba por terminar o serviço e assim provam do próprio mecanismo
Anti-espírito poético que criaram

Este meu espírito de poetisa
Prepara a própria cova de meu corpo e adianta com alegria sua putrefação
Brindando em meu crânio preenchido com um néctar Dionisíaco
E saudando, Longa vida a Morte!
Junto aos vermes que já se deleitam no banquete de carnificina-cárcere
Pois não quero mais a prisão
E este meu espírito não é um manicômio bando de malfeitores
Utilizam a cobra que está presa em suas bocas também para defecar?
Os que muito defecam são geralmente os verdadeiros insanos

Eu busco me ver livre e caminhando por entre reinos metafísicos de minha memória
Isso é meu Consolamentum
Desde pequena idealizo muito! O meu belo mundo anti-mundo
Os raios e trovões de minha mente não são apenas desejos apocalípticos
São também a ursa caçadora de sensações que me levam para longe deste mundo apático
Neste mundo sempre me senti deslocada 
Não me encontro em nada do que aqui se faz presente

Desnudei-me como estando em uma peça de teatro
Pela primeira vez eu sorri e dei risada de verdade
Uma sensação de prazer que serviu como um óleo na ferrugem de meus lábios
Ri de toda face horrorizada da matéria pútrida 
Ri até mesmo de minha própria pseudo-morte
Deve ser a questão da causa e efeito
Algo adormecido e semi ocultado sem a sua autorização quando desperta tende a explodir
E mais uma vez o feitiço universal se vira contra o próprio feiticeiro
E isso não é um motivo para cair em gargalhadas eternas?
Gargalhadas essencialmente venusianas