quinta-feira, 26 de maio de 2011

Consolamentum II

Lembra quando nas florestas e entre as árvores
Acendíamos uma fogueira?
Dançávamos em torno das chamas
Tocando o solo com nossos pés nús
Nos divertíamos se escondendo entre as árvores
Com olhares curiosos e flamejantes ao se procurar
Olhares vívidos como nossos espíritos
Que se expandiam apurando nossos sentidos
Lembrando não haver limites
E esta plenitude revelava nossa infinita ligação
Nossos anseios eram os mesmos
Sabíamos e sentíamos
Estavámos além da razão

quarta-feira, 25 de maio de 2011

Consolamentum

Lembra quando corriamos no campo em meio as montanhas
O tempo e espaço desapareciam
Livres como os cavalos selvagens que correm sem rumo
Girávamos de braços abertos cortando o vento que acariciava nossa face
Feito crianças onde a pureza desconhece a vergonha
Subíamos no cume das montanhas
Onde suas vozes, seus ecos, correspondiam a nossos risos
Olhando do alto o horizonte pintava reflexos do eterno
Deitando nas pedras que se tornavam confortáveis
Macias como aparentavam as nuvens sobre nossas cabeças
Nuvens que brincavam de se transmutar
Onde adivinhávamos suas formas
O vento assobiava uma canção
Que somente nosso silêncio podia compreender